Thursday, November 16, 2006

 

Passárgada Let’s go IV

É claro de tão claro todos podem ver que declaro é claro que amo você.

Esta coluna, tal como sugere o nome, tenta ser de cunho cultural, esbarrando às vezes não por acidente no sobrenatural, por ter-la inaugurada em época de eleições, os dois primeiros assuntos abordados foram sobre o assunto, sempre dando toques para demonstrar a que viemos, já na terceira publicação, pudemos nas chamadas inicias decretar o fim da política (temporariamente) e adentrar mais nas veredas embaçadas das filosofias, filosofais que filosofo.

Já pra esta quarta publicação, não sem consultar alguns professores e pessoas mais experientes, reservo o espaço de minha coluna para a publicação de dois poemas, ambos feitos para uma só pessoa. Se tivesse o dom de com a boca falar, não falaria com as mãos, minha forma do meu amor por ela declarar.

Querendo perder-te por te querer

Te querer, te perder,

te perder, te querer,

querer, perder,

querer perder-te por querer,

perder por querer-te perder,

te quero mais te perco,

te perco mais ainda te quero,

perco não só a ti de mim como a mim de mim mesmo,

te quero não apenas por querer,

mais por querer não ter medo de te perder,

como poderia querer eu viver num mundo que não houvesse o querer em você?

como poderia eu no mundo viver se eu de você me perder?

não quero proclamar falsos quereres nem perderia meu tempo por isso,

me calaria nesta maldita hora que me perco por querer-te querer

quero-te de um intenso querer sem ter fim

se querer-te a ti é querer não perder o meu eu que esta em você

quero também que me queiras, por querer não perder você que está em mim

se o caminho é tão vasto e as possibilidades são tantas

não há destino que separe o meu querer do seu

se a vida é tão curta e o tempo nos supera

não existe verdadeira razão para nosso amor se perder

É ela, É lisa!

É lisa minha saga e sina, meu amor, menina

linda, desliza pra mim chegando mais perto

me alisa e lisa esse amor entreaberto

certa divisa entre ciência e arte

te conjugo no espaço, minha eterna pesquisa

te pinto no vento, minha mona, minha lisa

tua imagem é plena poesia

que quando meus olhos alcança

este amor guardado enfatiza

Fazendo de ti a melhor poetisa

Desdobra, e dobra este amor em mim

Menina lisa, é lisa menina

Quando voltar me avisa

Pois sou teu chão, me pisa me pisa

Cria coragem e se esconda do criar

Olhe em suas mãos, estou lá!

me analisa

analisa esta chaga que não cicatriza

acredita no amor, se faz de concisa

me escraviza

a quem te ama, por ele, este desejo, realiza!

termino estas palavras como um canto

amar é amar, muito além de pranto

és lisa superfície do coração

pois quando este de amor insuflas

não há rugas nem imperfeição

linda e lisa te proclamo meu amor Elisa

pois sendo lisa, de todo meu amor

Elisa chamo-bela.

Vaidade de poeta

Dêem-me cola, e eu mesmo

Encontrarei a madeira para colar!

Encerrar um sentimento em quatro rumas insensatas –

Isso não é por acaso pequena vaidade!

(Nietzsche)

- Sim é... Muito pequena!

Mas como, pois se as quatro palavras ditas “insensatas” se transformam ora, vida de uns, ora o medo dos outros?


 

PASSÁRGADA LET’S GO! III


Nihil novi sub sole

Terminada as eleições e como prevíamos, não há nada de novo, estranho isso, pois se ao mesmo tempo o novo seria o velho e este o que não gostaríamos que fosse o novo então escolhemos mais uma vez o velho para que o novo-velho não nos surpreenda.

(Eu)

A fim de política?

Enfim à política, ou então o fim da política, melhor dizendo... Enfim o fim da política!

(Eu)

 
 
 
Que eco deixaremos para nossos futuros sábios?
 
“Sábios em vão
Tentarão decifrar 
O eco de antigas palavras
Fragmentos de cartas, poemas
Mentiras, retratos
Vestígios de estranha civilização”
 
Esse trecho de “futuros amantes”, do mestre Chico Buarque de Holanda, me fez repensar toda a idéia inicial que já havia formulado desta crônica,
A música que faz alusão ao tempo que temos para amarmos, diz que “amores serão sempre amáveis” pra sempre, pro futuro, muito além de nossa concepção de espaço e tempo.
 
[O amor é vivo, desprendido de qualquer pessoa, e nós sim, precisamos dele e nele nos prendemos, dessa forma,
cultivando-o dentro de nós ele bate asas e se perde do nosso alcance. Fazendo com que momentos de vivo amor, vividos em alguma época ecoe pro resto dos dias e logo outras pessoas transcrevem ou passam de boca em boca tentando ao amor sufocar
em pequenas linhas ou em poucas palavras aquilo que foi de apenas duas pessoas.]
 
                Outro dia assistindo ao documentário do cineasta Miguel Faria jr. (O Xangô de Baker street), sobre a vida de nosso eterno poetinha, Vinícius de Moraes, um sentimento de plena euforia me tomou, como se a alma
de nosso querido Vininha estivesse perpetuada em tudo que carrega consigo seu nome,
os relatos sobre a vida de Vinícius contados por aqueles que assistiram de perto sua vida e obra é sem dúvida, no mínimo, emocionante,
seu universo de poesia, boemia e música em função de paixões incandescentes que logo se misturam com amores imaculados, nos remete a utopia do amor perfeito, estar a par da saga de Vinícius é adentrar no mundo onde a busca
deste amor era incessante, prioritária e impreterível,
de tanto e o quanto ele buscava este cálido sentimento que nos dias de hoje, de tão descolado de sentimento qualquer, chega a nos parecer uma busca inverossímil.
Mas Vinícius buscava este com tanta garra e de tantas palavras em suas poesias e músicas que tenho a certeza e creio que em algum momento este mundo teve em suma a real busca do que seria amar o amor.
Vinícius morreu em 1980 aos 67 anos, o que suponhamos uma idade “normal” para se morrer (estranho isso), uma idade normal para um ser humano que se empenha nas funções cotidianas e padronizadas da sociedade, aqueles que acordam, trabalham, comem e domem,
mas Vinícius, não, ele precisava de muito mais tempo por aqui, talvez a eternidade,
para que enfim ele trouxesse no peito e para nós o amor que em 67 anos de vida buscou, ou se mesmo este sentimento fosse mais relutante ao que se supõe, ele com esta eterna vida vivesse lado a lado deste amor infinito. Talvez em uma breve quimera poderíamos imaginar
o amor brincando de esconde-esconde nas sombras das luzes da eternidade.com Vinícius.
               De todas as partes do documentário, aquela que mais ecoa em minha cabeça confusa, seria a do mesmo Chico Buarque, compositor do trecho da música aqui citada,
Segundo Chico, não existiria no mundo de hoje lugar o qual onde caberia a poesia de Vinícius, ele não conseguiria viver com toda essa ostentação de frivolidades tanto na media quanto nas ruas e a banalização dos sentimentos que nosso boêmio tanto defendia.
Paro, penso, confesso que até hoje, alguns dias depois de ter assistido a este documentário, me sufoco com reflexões do que teremos para o futuro. 
- Será que não cabe mais a este mundo amar?  
Entre guerras que nos mostram como odiar, novelas que ensinam como trair, músicas que exaltam o sexo puro e pleno em nossas rádios.
Talvez sejamos os sábios que em vão tentaram decifrar o eco de antigas palavras, aquelas palavras de amor proferidas em um tempo que não existe mais, podemos agora observar o quanto nos retrocedemos e ao futuro que estamos lançados. Ao invés de continuar-mos a busca do amor sendo guerreiros combatentes de toda dor do mundo, como fazia Vinícius, através da poesia, da música, da cultura,
o que nos resta no mínimo é tentar resgatar o que ainda não se perdeu, ou que estranha civilização seríamos nós? Não aquela da música, pois esta sim agora jaz não mais uma civilização estranha, porém, deveras e tristemente desconhecida para nos mesmos.

 
PASSÁRGADA LET’S GO! II

As luvas que cairão como luvas
“Nove dedos e duas luvas”, foi a primeira coisa que pensei quando vi Lula de braços erguidos ao lado do nosso grande campeão de boxe Pópó, que seguindo a lógica do “melhor parar no auge, do que terminar como Maguila”, abandonou a carreira, o que na minha opinião deveria ser o mesmo que nosso presidente deveria fazer, mas caso isso aconteça, só nos restaria o PSDB e seu Chuchu, então é Lula de novo com a força do povo!
Mas, de volta as luvas e os dedos, a segunda coisa que me veio à cabeça, foi, “agora ele já parou de lutar, será que ainda quer o patrocínio da Petrobras?”.
Patrocínio esse que foi solicitado no dia 12 de junho de 2006, quando a convite de Lula, Pópó esteve em Brasília para mostrar ao presidente seu último cinturão ganho em ringue, seria um acontecimento normal, caso ACM e seus seguidores não fossem os todos poderosos que por dezesseis anos são os detentores do poder político na Bahia, seria um atleta comum caso o mesmo não fosse na atualidade, um dos maiores nomes em evidência no mesmo estado, o resultado dessa combinação de fatores, que convenhamos foi uma linda jogada política e de marketing,
resultou na grande vitória do ex-ministro Jaques Vagner naquele estado, vitória essa que foi constatada já com 94,66% das urnas apuradas tendo o governador do PT 53,23% contra 23,16% do atual governador pefelista.
Enquanto outros sites de notícias informam que dia 12 Pópó foi até Brasília tentar um patrocínio da estatal junto ao presidente, o site do “Jornal do Senado” constata que no mesmo dia o pugilista foi agraciado com o que requeria, não revelando o valor do contrato. Que mistério!!!
Enfim, o ato de Pópó de presentear pela segunda vez com um par de luvas o presidente, essa segunda vez no encontro de artistas, intelectuais e esportistas que ocorreu semana passada na cidade do Rio de janeiro, não foi de bom grado, se somarmos os fatos acima, logicamente este o fez pensando nele, pois o mesmo, com o status de herói brasileiro que tens e toda influência positiva que pode ter sobre algumas camadas sociais, deveria ficar alheio a toda essa lama jogada em nossas salas através de nossos aparelhos televisivos,
como nosso amado Chico Buarque que sabendo de tais condições se eximiu ou até quem sabe redimiu-se sutilmente,
não emprestando sua imagem e todo carisma popular que é seu por merecimento.
Já a terceira coisa que me veio à cabeça, foi uma frase de uma da escultora francesa, Camille Claudel, pensamento esse que por ser mais complexo e um tanto filosófico ficou ecoando no grande vazio que há em minha caixa craniana, uma vez ela disse, “Há sempre algo ausente que me incomoda”, então me pus a pensar no porque de ter pensado nessa frase, no primeiro momento logo pensei nos dedos “o lula tem nove e uma luva tem espaço pra dez”, mas a segunda olhada foi fulminante, “uma luva de boxe não tem espaço pra dedos”, me fiz recluso dos meus pensamentos e a resposta veio aos poucos,
tão aos poucos que pretendo chegar ao seu total até o final desta crônica,
talvez a autora da frase pensando na posteridade, usou a palavra ausência por soar melhor e engrandecer seu raciocínio,
dando a mesma um tom poético, mas querendo dizer ausência enquanto falta, pois esta sim, sendo sinônimo de palavras como: defeito, erro, pecado, descuido, engano, culpa, poderia ser o motivo o qual me faz ligar a frase, os dedos a luva e toda corrupção que nos é empurrada garganta abaixo.
O Lula e grande parte da política nacional já vieram da fábrica com defeito.
O Lula errou quando o então deputado Roberto Jefferson o contou sobre o mensalão e nada fez.
O Lula pecou ao povo e a Deus, quando mentiu dizendo que de nada sabia.
O Lula e o PT são juntamente o descuido ideológico que funciona somente na teoria e se descuidaram quando pensaram fazer do país sua máquina de lavar.
O Lula e seus partidários são um engano, pois se outra opção melhor existisse não estariam onde estão.
O Lula e todos os outros que por terem fórum privilegiado não serão presos são culpados!
Não sei o que será do nosso país por mais quatro anos, talvez a economia continue crescendo, o Lula consiga dar ao povo os 10 milhões de empregos que prometeu em 2002, o salário mínimo aumente, essas coisas, eu como muitos outros que apoiamos Lula em 2002, nos sentimos traídos. Nesta eleição votaremos nele, falo por mim. Por medo da estagnação que o PSDB proporcionou ao nosso país durante oito anos. Só espero que ele inclua o estado do Rio de Janeiro no seu projeto de governo para 2006.
Pois aqui, há sim muita riqueza no norte e sul, por exemplo, mas a nossa região sendo a mais pobre de todo estado carece de um pouco de atenção
Acho que consegui resumir bem, o que a frase de Camille Claudel representou pra mim naquele momento com relação ao governo. Pois sempre em nossas vidas haverá algo ausente que nos incomodará, sempre na totalidade da uma felicidade se paramos pra pensar gostaríamos que alguém ausente dividisse aquele momento conosco, sempre que por mais dinheiro que os ricos tenham, eles sentirão a ausência de um pouco mais ou de algo que o dinheiro não possa comprar e mesmo quando pensarmos que tudo temos, que somos felizes e não precisamos de mais nada,
um dia a vida faz seu ciclo e a morte nos faz descansar da presença constante da ausência que sentimos em nosso ser.

 

PASSÁRGADA LET’S GO! I

Divagando devagar

Em pensar solto e vagamente, penso em escrever um livro, mas como escrever-lo-ei se tenho apenas este na mente? Em segunda opção por escrever só por prazer e também por devoção, tento escrever um poema, mas este não mais se escreve, pois sinto agora que és expressa obrigação, parto logo sem pestanejar pra crônica, mas como bom cronista eu poderia ser? Se recluso em meu mundo vivo tão distraído, distraído assim vivo sem a vida perceber.

É duro escrever quando não se tem nada a escrever. Pelo menos imagino que seja, mas digo com toda à certeza que é dor da morte, ter o que escrever e mesmo assim não o fazer.

Refresco nos olhos dos outros é pimenta!

Á pouco lendo uma revista de grande circulação nacional, me deparei com um rodapé de críticas ao tão famoso jornalista e excelente imitador, como podemos ver no site kibeloco, do agora deputado eleito Clodovil, o ancora do Jornal Nacional, Willian Bonner, o texto dizia que ele era deselegante por abotoar todos os botões de seu paletó, e trazia consigo a forma certa de se abotoar os paletós com dois ou três botões, sempre deixando um aberto.

Logo me pus a pensar.

“Se não é para abotoar, o que é que o botão ta fazendo ali ora!?

Lógico que respeito o ponto de vista da moda, dos estilistas, dos professores de etiqueta e etc, mas onde está o problema?

De forma alguma quero defender o estilo de se vestir dele, nem entendo profundamente do assunto para tal, mas não há outras coisas com as quais nos devemos preocupar?

- Sim. É a resposta de todos, existe a corrupção no governo, a fome mundial, os testes nucleares da Coréia do Norte. Mas não é isso muito bem a minha teoria,

Acredito que não seja a forma como a qual ele se veste, a “certa”, e pouco me interessa se é a errada, por existir regras e normas para tudo na vida, inclusive para vestimenta, mas nessa hora penso que a sociedade cria tantas armadilhas para ela mesma, e olha que estamos falando de um simples botão! Ressuscitando em mim um pouco da rebeldia dos tempos de adolescente socialista, chego a citar exemplos de ciladas maiores que caímos todos os dias, ciladas estas que somos presas e nada fazemos para que um dia sejamos o predador, e mesmo que um dia predador sejamos, estaremos pois a nos digladiar com outras presas (pessoas), para que assim possamos viver “bem”.

Ainda meio confuso esse texto, mas vejamos bem, como os botões do Willian Bonner, a população tem o SUS, mas não pode também usar, por que não funciona, a humanidade tem os direitos universais do homem mais nem todo homem tem os direitos universais respeitados, temos a liberdade, podemos ir e vir, mas ir pra onde e com o que? Se a grande massa não tem dinheiro nem pra pagar as contas? Melhor dizendo, contas? Pagamos sim, a do governo, pagamos à conta da falta de responsabilidade de nossos governantes, e por mérito pagamos pela falta de vergonha na cara na hora de votar. A conta de luz de nossas casas, essa pode ficar pra depois. Eles não vão se importar, não se for um caso de minorias, em meio a tanto dinheiro (que às vezes não cabe no bolso, tendo que guardar em cuecas) do contribuinte alguns míseros milhões de reais não fariam falta.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de janeiro de 1995 a dezembro de 2005, a inflação acumulada medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (o índice oficial de inflação, usado pelo governo federal) ficou em 149,43%. A energia elétrica aumentou quase três vezes mais, acumulando alta de 420,70% no período.

O mais irônico dessa história toda é que os políticos para não usarem o que não tem, no caso o dinheiro público, precisam aprovar leis como a de responsabilidade fiscal e quando usam o pouco que tem, que também não os pertence, fazem á seu próprio benefício.

E continuamos a pagar as nossas contas que são as deles para que possamos viver. Então dessa forma, como o botão, você não precisa usar a menos que não tenha um, pois se um dia um botão tiver, os aconselho que usem, pois nosso sagrado dinheiro que é nosso, e muito nosso! O pessoal de Brasília, já usa...


Thursday, October 19, 2006

 

Sem título

Exercitando à escrita..

Pensa nesse particular perfume

Perfume desse amontoado de rosas por ti desprezadas

Pense nas torrenciais lágrimas as que agora estas exalam sob seu consentimento

Uma simples pretensão de ser perfeito, és tu

A inconstante e prematura, a arrogância que brota de suas entranhas e em mim deságua, minha afluente de pavor do amor.

E não tenho mais perguntas

Todas partiram

Em pesadas penas

Que me arrancaram a consciência, me de despiram a decência, fez-me suplicar por gestos de carinho. Estas penas sólidas, que minha carne devoras, penas feitas de aço e sal.

Todos passaram pela ponte da possibilidade

Plainando em vôos baixos, às vezes em cálidos passos, buscando certo campo de separação.

Porque aqui há muitas, só possibilidades e muito pouco a partilhar.

Descobri contigo que o mundo não é apenas laços, pois nesses também me embaraço

Partilheis as minhas possibilidades e a mim encarastes com friezas e impiedades

A prosa é do passado

E o meu amor odiado um sentimento então amado será enfim apenas uma lembrança

A concordância de uma triste herança.


Monday, July 03, 2006

 

O funesto Meia noite

Dia desses bebendo e escrevendo com uma amiga, botei na cabeça que escreveria além de crônicas e outras poesias, um poema maldito, heheheheheh eu sei, eu sei... Não existe mais essa classe, quer dizer, tem gente que se considera maldito, mesmo não vivendo no século XVIII, paciência né...

diretamente da fonte de Baudelaire (Flores do mal)

... Apresento-lhes meu primeiro filho Neo-maldito... hehehehehehehe


O Funesto Meia noite

Sangro, sangro ardente

Busco em várzeas mortas

Uma criança inocente

Vejo entre vultos e corpos frios

Um dilema tedioso

Rolam comendo as carnes de minha face

Um liquido, gelado, feroz e aciduoso

Morro e nasço em juras de maldição

busco áureas limpas para manchar de podridão

Desisto da vivência

Corrompo a inocência

Suplico que caminhes até a mim

Dei-me de beber teu vinagre

Deposite em minhas feridas abertas a salobra perspicaz inconstância de tua alma.


Wednesday, May 31, 2006

 

Branco

Esse branco... Caso não fosses tão branco!

Talvez assim, se fosses rasgado de letras e traços, por rabiscos manchado, não zombaria mais de minha incompetência, se acaso facundas.

Ó branco, dos papéis, das cartas anônimas, branco do mármore que ainda não é estatua é apenas branco.

Por que toda noite me torturas sendo branco?

Por que não lhe sujas em teu branco fugas?

Cuidado, pois um dia faço com que perca a cabeça, guardando no teu branco, minha, vida, versinhos e histórias antes que eu me esqueça.

Branco do meu amado e poético tormento, quando em ti vejo que não se borras por letras e palavras, não és mais meu instrumento.

Nessas horas reclusas e com raiva mim, me transforma num ser que provém do esterco, um excremento.

Se um dia conseguires arrancar de ti toda essa ausência de cor, não me importaria por todas as vezes que em minha face por ti se fez de rubor.

Se resolveres de mim não maltratar, volto mais uma vez a ti e posto estarei a sonhar

Sonharei, eu tem formoso branco-nada, as minhas formas de ser um tudo, em ti com minhas palavras dissertarei minha maneira de ver o mundo,

Idéias de grandes gênios, músicas compostas por grandes poetas e poesias de outros poetas músicos.

Livras de mim de mim esse meu jeito de com as mãos ser um completo mudo,

Privas-me de ti, não me faças infeliz no que amo fazer,

Não me julgues incapaz, pois, por mim das minhas palavras lhe insuflas, um dia não mais branco serás e isso juro-te postado diante e de joelhos ao teu branco covarde.

Arrancar-lhe-ei de tuas veias cândidas o teu seu sangue imaculado, com minhas mãos e suor que agora me ferve e ao pulso inflamas.

Ó branco infiel, perspicaz incontrolável branco de branquíssima limpeza, não cabes mais em mim a suma vontade de escrever-lhe com certa certeza.

Irei buscar ao fundo de sua alva celulose a extração perfeita da matemática literal

Quando tento lhe corromper, antes disso já me vences, corrompo mesmo a mim, esqueço de minha poética, parafraseio frases, copio outras obras, dando adeus a minha ética.

Rogo-lhe uma praga nesta maldita hora, os sentimentos que por ti em mim despertam não cabem em poucas palavras dispersas.

Na ingratidão de tua candura, queria eu aliviar toda minha amargura em uma forma escrita de cantar.

Branco de avivas e impolutas linhas invisíveis, se quando lhe olho vejo em traços retos e uniformes todas minhas letras e frases canções de amares possíveis.

Cansado, farto, exasperado, desisto e desejo que todos aqueles que escrevem por amar, se calem diante de teu branco trivial e se acabem por apenas chorar.

Maykon Luis Fernandes de Melo, 31 de maio de 2006


Wednesday, April 05, 2006

 

TIME desta semana...


Essas capas de revistas famosas com notícias falsas são bem legais no caso o pessoal do Worth1000 (pena que mais voltada para o mercado norte-americano, mas dá para entender a maioria das “piadas”).

http://www.worth1000.com/cache/contest/contestcache.asp?contest_id=9641&display=photoshop#entries

Monday, April 03, 2006

 

zebra pra zebra....


Acontece cada uma pelo mundo afora, que parece até mentira. O filhote de zebra que você vê na foto, ao lado da mãe, por exemplo, nasceu branco com listras brancas!
Desde o começo do mês, ele é a nova atração do Parque Nacional de Nairóbi.
Oficiais do Serviço de Vida Selvagem do Quênia disseram que irão pesquisar para tentar entender as razões do estranho e raro fenômeno, que, segundo eles, é, um resultado genético totalmente inesperado.

OBS.: No caso em questão pode-se dizer que: "Vai dar zebra quando o marido da zebra ver que seu suposto filhote saiu diferente do pai"

 

estado e espirito...


Dizem que as artes em suas diversificações é a tradução dos sentimentos de seus criadores, que por sua vez estão a despertar novos sentimentos e emoções em outras pessoas, neste exato momento a única dentre todas que me compreenderia não seria outra a qual...:




Chico Buarque - Pedaço De Mim
Ó pedaço de mim!
Ó metade afastada de mim!
Leva o teu olhar,
que a saudade é o pior tormento,
É pior do que o esquecimento,

É pior do que se entrevar...

Ó pedaço de mim!
Ó metade exilada de mim!
Leva os teus sinais,
que a saudade dói como um barco
que aos poucos descreve um arco
e evita atracar no cais.

Ó pedaço de mim!
Ó metade arrancada de mim!
leva o vulto teu
que a saudade é o revés de um parto
a saudade é arrumar o quarto do filho que já morreu

Ó pedaço de mim!
Ó metade amputada de mim!
Leva o que há de ti,
que a saudade dói latejada...
É assim como uma fisgada no membro que já perdi.

Ó pedaço de mim!
Ó metade adorada de mim!
Lava os olhos meus,
que a saudade é o pior castigo
e eu não quero levar comigo...
a mortalha do amor,
Adeus!


O futuro só existe, quando penso em nós... =***

 

Papai Noel que se cuide...!


Coelhinho da páscoa é ameaçado de morte em site

Um coelhinho fofinho, com pêlo marrom e olhos castanhos, está ameaçado de morte caso seu dono não receba doações no valor de US$ 50 mil. O proprietário do site savetoby.com mostra imagens de Toby, o "mais fofo coelho do planeta", e diz que ele morrerá no dia 30 de junho se não receber ajuda, que pode ser dada através de doações em dinheiro ou da compra de produtos da loja virtual.
Segundo ele, Toby foi resgatado há sete meses após ter sido encontrado na porta de sua casa, ensopado e machucado por um provável ataque de um gato. O anônimo diz que cuidou do animal por meses e milagrosamente Toby se recuperou.
Entretanto agora ele pretende comer o coelhinho. Toby será levado a um açougueiro para ser morto. As receitas em que Toby poderá ser aproveitado são muitas, diz o seu dono. O site oferece uma seção com uma série de receitas cujo ingrediente principal é coelho.
Segundo o site, as doações para salvar Toby já passaram de US$ 18 mil. Uma série de fotos de Toby fazendo várias poses está espalhada pelas páginas do site tentando mobilizar o leitor. Toby pode ser visto entre legumes em um prato e dentro de uma

Sunday, April 02, 2006

 

Notícias lights para começar a semana...

Dorme-se com um barulho desses???

http://internacional.dgabc.com.br/materia.asp?materia=522520

http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2006/03/060324_amazoniamilionarioir.shtml
http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2006/03/060324_maresmp.shtml

http://www.bbc.co.uk/portuguese/especial/1341_aids_no_mundo/

http://www.radiobras.gov.br/materia_i_2004.php?materia=260893&q=1&editoria=

http://ultimosegundo.ig.com.br/materias/brasil/2328501-2329000/2328868/2328868_1.xml

Sem contar a fome à guerra do Iraque a Coréia do norte, os fanáticos religiosos do oriente médio...

moral da história:
... seja utópico ou se mude para uma ilha!

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