Thursday, November 16, 2006

 

Passárgada Let’s go IV

É claro de tão claro todos podem ver que declaro é claro que amo você.

Esta coluna, tal como sugere o nome, tenta ser de cunho cultural, esbarrando às vezes não por acidente no sobrenatural, por ter-la inaugurada em época de eleições, os dois primeiros assuntos abordados foram sobre o assunto, sempre dando toques para demonstrar a que viemos, já na terceira publicação, pudemos nas chamadas inicias decretar o fim da política (temporariamente) e adentrar mais nas veredas embaçadas das filosofias, filosofais que filosofo.

Já pra esta quarta publicação, não sem consultar alguns professores e pessoas mais experientes, reservo o espaço de minha coluna para a publicação de dois poemas, ambos feitos para uma só pessoa. Se tivesse o dom de com a boca falar, não falaria com as mãos, minha forma do meu amor por ela declarar.

Querendo perder-te por te querer

Te querer, te perder,

te perder, te querer,

querer, perder,

querer perder-te por querer,

perder por querer-te perder,

te quero mais te perco,

te perco mais ainda te quero,

perco não só a ti de mim como a mim de mim mesmo,

te quero não apenas por querer,

mais por querer não ter medo de te perder,

como poderia querer eu viver num mundo que não houvesse o querer em você?

como poderia eu no mundo viver se eu de você me perder?

não quero proclamar falsos quereres nem perderia meu tempo por isso,

me calaria nesta maldita hora que me perco por querer-te querer

quero-te de um intenso querer sem ter fim

se querer-te a ti é querer não perder o meu eu que esta em você

quero também que me queiras, por querer não perder você que está em mim

se o caminho é tão vasto e as possibilidades são tantas

não há destino que separe o meu querer do seu

se a vida é tão curta e o tempo nos supera

não existe verdadeira razão para nosso amor se perder

É ela, É lisa!

É lisa minha saga e sina, meu amor, menina

linda, desliza pra mim chegando mais perto

me alisa e lisa esse amor entreaberto

certa divisa entre ciência e arte

te conjugo no espaço, minha eterna pesquisa

te pinto no vento, minha mona, minha lisa

tua imagem é plena poesia

que quando meus olhos alcança

este amor guardado enfatiza

Fazendo de ti a melhor poetisa

Desdobra, e dobra este amor em mim

Menina lisa, é lisa menina

Quando voltar me avisa

Pois sou teu chão, me pisa me pisa

Cria coragem e se esconda do criar

Olhe em suas mãos, estou lá!

me analisa

analisa esta chaga que não cicatriza

acredita no amor, se faz de concisa

me escraviza

a quem te ama, por ele, este desejo, realiza!

termino estas palavras como um canto

amar é amar, muito além de pranto

és lisa superfície do coração

pois quando este de amor insuflas

não há rugas nem imperfeição

linda e lisa te proclamo meu amor Elisa

pois sendo lisa, de todo meu amor

Elisa chamo-bela.

Vaidade de poeta

Dêem-me cola, e eu mesmo

Encontrarei a madeira para colar!

Encerrar um sentimento em quatro rumas insensatas –

Isso não é por acaso pequena vaidade!

(Nietzsche)

- Sim é... Muito pequena!

Mas como, pois se as quatro palavras ditas “insensatas” se transformam ora, vida de uns, ora o medo dos outros?


Comments:
lindo!
=)
 
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